Treinamento funcional - A "Nova Onda" | Dicas de MusCulação |






Nos últimos anos acompanhamos o número crescente de adeptos, tanto professores quanto alunos, ao treinamento funcional. Mas afinal o que é treinamento funcional? E serve para o que? É eficaz? O treinamento funcional não surgiu nessa década, porém foi ressuscitada para objetivos esportivos. Em 1983 P.V. Komi utilizava o termo treinamento proprioceptivo.

O treinamento funcional visa melhorar aspectos do dia-a-dia, as tarefas ditas funcionais como subir escadas, pegar algo em cima da estante ou de uma prateleira. Esse tipo de objetivo foi e ainda é bastante utilizado pela fisioterapia, recuperar as ações funcionais do corpo. Com o passar dos tempos e com o avanço tecnológico o homem foi se tornando mais cômodo. Controle remoto, compras via internet, praticamente tudo foi se tornando mais fácil, e também a vida corrida e a violência contribuem para ficarmos cada vez mais em casa. E assim acabamos nos movimentando menos e os movimentos naturais vão perdendo eficácia.

Conforme não vamos utilizando certos músculos que auxiliariam em determinadas tarefas por causa da falta de atividade física, esses músculos se tornam fracos fazendo com os principais músculos se sobrecarreguem causando cansaços, lesões e erros posturais. Devemos trabalhar esses pequenos e profundos músculos para que haja coordenação intermuscular (um ajudando o outro), economia de gasto energético e melhora da postura.

O treinamento funcional é baseado em proporcionar dificuldades ao corpo (sistema vestibular e sistema nervoso) para que se torne mais ágil, econômico e forte. No ponto de vista de reabilitação é usado para que volte os movimentos normais ou mais próximos disso, contudo houve uma adaptação para a qualidade de vida e rendimento esportivo. Eis a razão do “boom”.

Uma vez mais ágil, econômico e forte o corpo seria mais eficiente nas práticas esportivas e para a melhora da estética corporal. Os aparelhos mais utilizados são aqueles que causam a instabilidade, que causam o desequilíbrio corporal forçando a ativação dos músculos profundos, aqueles que deixamos de acionar, e eles começam a auxiliar os grandes músculos para recuperar ou atenuar esse desequilíbrio, um mecanismo de proteção para que o corpo não caía. Quando esses pequenos músculos começam a trabalhar há economia no gasto energético. Imagine uma pessoa sozinha no alto de um prédio puxando por uma corda um balde cheio de areia. Essa pessoa logo irá se cansar, mas se houver uma outra pessoa mesmo que mais fraca ajudando o trabalho diminui e o balde chegará mais rápido. Essa é a idéia do funcional: Recrutar mais gente para ajudar.

Você deve estar se perguntando: ”E a musculação normal com máquinas não serve?”. A musculação com máquinas guiadas isolam os músculos. Um aparelho não trabalha o corpo inteiro, você faz supino reto onde há o músculo principal e alguns sinergistas que ajudam, mas só isso! A adaptação é local e não geral.

Os benefícios do treinamento funcional são vários, mas não se deve substituir a musculação normal. Um complementa o outro para tenha um corpo saudável e protegido. Isso vai depender do seu objetivo.

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