Treinamento Concorrente

Por que treinamos força em um dia e aeróbio no outro? Por que não tudo no mesmo dia? A resposta é simples: Evitar a concorrência entre as adaptações metabólicas. Isso serve para o corpo possa se recuperar de um estímulo e que esteja mais bem preparado para outro. Mas quando não temos tempo para isso e temos que treinar tudo num único dia? Aí entra o Treinamento Concorrente.

Quando treinamos força o corpo autoriza várias seqüências de reações químicas para poder interagir com aquele estímulo. Dependendo da sobrecarga mais fibras musculares são recrutadas, ativasse algumas reações intracelulares para manter o bom funcionamento a célula, um sistema energético é acionado para isso. E a enzima responsável por isso se chama mTOR. Ela é a responsável pelas adaptações de força. Contudo precisamos de um tepo para descanso e melhor atuação da mTOR e dos hormônios liberados para o crescimento muscular. Quando esse período não é respeitado e fazemos em seguida um treinamento aeróbio começamos a utilizar glicogênio com fonte de energia e com isso libera-se uma enzima chamada AMPK, que é responsável pelas adaptações de um treinamento de endurance (aeróbio).

Onde está a concorrência?

Justamente na ação das enzimas. Se não respeitamos o descanso ou não regulamos a intensidade ou os métodos de treinamento a AMPK inibe a ação da mTOR. Ou seja, o aeróbio vai prevalecer sobre a força. E assim o desempenho cai ou os objetivos específicos não são alcançados com eficiência.

Como amenizar essa concorrência?

* Primeiramente verificando os dias, se tem como treinar em vários dias alternasse os estímulos. Ex.: Segunda – Força, Terça – Aeróbio.

* Modificando os períodos. Ex.: Manhã – Força, noite – Aeróbio.

* E por fim alternando os grupos musculares. Ex.: Força – membros superiores, aeróbio membros inferiores.

É preciso verificar os objetivos, os prováveis dias de treinamento e os métodos. Para que se tenha eficiência e eficácia na sessão e na periodização estipulada.